​Focos de incêndio disparam em São Paulo e Mato Grosso

Aumento acelerado de queimadas preocupa diversas regiões do país

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Os focos de incêndio no Brasil aumentaram de maneira alarmante na última semana, especialmente nos estados de São Paulo e Mato Grosso. Dados do MapQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), indicam que São Paulo registrou um crescimento de 338% nos incêndios, enquanto Mato Grosso teve um aumento de 236%. Entre os dias 20 e 21 de agosto, os focos em Mato Grosso saltaram de 459 para 1.543. Em São Paulo, o crescimento foi registrado entre 22 e 23 de agosto, quando os incêndios aumentaram de 430 para 1.886 focos.

No comparativo entre 19 e 25 de agosto deste ano e o mesmo período de 2023, o número total de queimadas no Brasil mais que dobrou, subindo de 9.428 para 19.667 focos. Esse aumento expressivo reflete o agravamento das condições climáticas, marcadas por secas prolongadas e baixa umidade relativa do ar, fatores que intensificam as queimadas. No estado de São Paulo, até o dia 25 de agosto, foram registrados 3.482 focos de incêndio, quase dez vezes mais do que os 352 captados no mês de agosto do ano anterior.

Ribeirão Preto, localizada no interior de São Paulo, foi uma das cidades mais afetadas, com 30 registros de incêndio na sexta-feira, 23 de agosto, e novos casos nos dias subsequentes. A cidade sofreu com bloqueios de estradas e cancelamento de voos devido à espessa camada de fumaça que encobriu a região, trazendo transtornos à população e ao trânsito aéreo. O impacto foi tamanho que, em alguns dias, a fumaça fez o céu da cidade escurecer precocemente, simulando a noite em pleno dia.

Apesar do aumento em São Paulo, o Amazonas e o Pará continuam sendo os estados com maior quantidade de queimadas, representando 22,3% e 21,5% dos focos, respectivamente. Mesmo assim, São Paulo se destacou no período de 19 a 25 de agosto, ocupando o terceiro lugar no país, com 14,3% dos incêndios registrados. A situação demanda ações urgentes, uma vez que o número de queimadas no país já alcançou 25.193 focos até o último domingo de agosto, superando os 17.373 do ano passado.

Segundo especialistas, as queimadas são intensificadas pelas condições climáticas desfavoráveis, mas também pela falta de fiscalização efetiva e políticas públicas voltadas à prevenção e combate a incêndios florestais.