Em julho, as vendas do Tesouro Direto somaram R$ 2,460 bilhões, enquanto os resgates ficaram em R$ 1,526 bilhão — sendo R$ 1,405 bilhão relativo a recompras e R$ 120,2 milhões, a vencimentos. Assim, houve emissão líquida de R$ 934,1 milhões no mês, segundo balanço divulgado pela Secretaria do Tesouro Nacional. Foi o quarto mês seguido de entrada líquida.
No mês passado, o título mais demandado pelos investidores foi o indexado à Selic (Tesouro Selic), cuja participação nas vendas atingiu 44,8%. Os títulos indexados à inflação (Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais) corresponderam a 41,2% do total e os prefixados, a 14,0%. Neste mês, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) subiu a Selic para 5,25% ao ano e indicou nova alta.
Em relação ao prazo de emissão, 50,1% das vendas no Tesouro Direto no mês corresponderam a títulos com vencimentos entre 5 e 10 anos. As vendas de títulos com prazo entre 1 e 5 anos representaram 35,8% e aquelas com prazo superior a 10 anos, a 14,1% do total.
Em julho, foram realizadas 460.070 operações de venda de títulos a investidores. “A utilização do programa por pequenos investidores pode ser observada pelo considerável número de vendas até R$ 5.000, que correspondeu a 85,6% das vendas ocorridas no mês”, diz o Tesouro. O valor médio por operação foi de R$ 5.347.
No mês passado, o estoque do programa alcançou um montante de R$ 67,89 bilhões, o que significa aumento de 2,3% em relação ao mês anterior (R$ 66,35 bilhões) e de 9,5% sobre julho de 2020 (R$ 61,98 bilhões).
Além disso, em julho, 454.524 novos participantes se cadastraram no Tesouro Direto. O número total de investidores cadastrados ao fim do mês atingiu 11.949.797, o que representa aumento de 53,6% nos últimos doze meses.
Já o número de investidores ativos chegou a 1.597.402, uma variação de 20,6% nos últimos doze meses. No mês, o acréscimo foi de 38.755 novos investidores ativos.
Do total de investidores cadastrados, 66,9% são homens e 33,1%, mulheres. Considerando as faixas etárias, destacam-se as entre 26 a 35 anos (35,8%); 36 a 45 anos (23,6%) e 16 a 25 anos (21,7%). Entre as regiões, 56,6% dos investidores são do Sudeste, mostra o documento.