A Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) atualizou suas previsões nesta quinta-feira, 8, indicando uma probabilidade de 66% para o desenvolvimento do fenômeno La Niña entre setembro e novembro de 2024. Segundo o relatório, essa probabilidade aumenta para mais de 70% no final do ano, com possibilidade de que La Niña persista durante o inverno do hemisfério norte.
La Niña é caracterizada pelo resfriamento das temperaturas da superfície do oceano no Pacífico equatorial central e centro-leste, em contraste com o fenômeno El Niño, que traz águas mais quentes. Essas alterações nas temperaturas oceânicas têm impacto direto nos padrões de precipitação e clima ao redor do mundo, influenciando desde a Indonésia até a América do Sul.
O relatório da NOAA destaca que, embora a taxa de resfriamento das temperaturas da superfície do mar (SST) tenha sido mais lenta do que o esperado, as condições subjacentes, como anomalias de vento e temperaturas abaixo da média no subsolo oceânico, são favoráveis ao surgimento de La Niña nos próximos meses. Caso o fenômeno se estabeleça, poderá impactar o clima global até o início de 2025, exigindo atenção especial de setores como a agricultura e a gestão de recursos hídricos.