05/08/2024 às 10h16min - Atualizada em 05/08/2024 às 10h16min

​CNA rejeita ampliação da quota de importação de trigo com alíquota zero

Confederação argumenta que medida é desnecessária e prejudica a competitividade de produtores

- Da Redação, com MoneyTimes
Foto: Reprodução
Em ofício enviado ao governo, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) manifestou-se contra a proposta de ampliação em 500 mil toneladas da quota de importação de trigo com alíquota zero do Imposto de Importação.

A sugestão de aumentar o volume importado sem taxa foi encaminhada pela Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) à Secretaria-Executiva da Camex e ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em junho. Atualmente, a cota é de 750 mil toneladas e o processo está em consulta pública.
 
No ofício dirigido ao vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Geraldo Alckmin, e ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, o presidente da CNA, João Martins, argumenta que a medida não se justifica, considerando o comportamento positivo da produção de trigo nos últimos anos. Em 2022, o Brasil atingiu recordes de produção e, em 2023, conseguiu manter o abastecimento apesar das adversidades climáticas.
 
Para 2024, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta uma produção de 8,95 milhões de toneladas, volume 11% superior ao da última safra. Além disso, a Argentina, principal fornecedora de trigo ao Brasil e responsável por 73,5% das importações brasileiras, está prevista para aumentar sua produção em 14% e suas exportações em 35,3% neste ano. O Brasil já não aplica tarifas de importação sobre o trigo argentino devido ao Mercosul.

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