O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a Polícia Federal (PF) a dar seguimento aos depoimentos no inquérito que investiga se o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir politicamente na corporação.
Na sexta-feira, o delegado Felipe Alcântara Leal comunicou o ministro que iria retomar as diligências, mas questionou se era necessário manter um rito adotado pelo então decano Celso de Mello, que era o relator do caso.
Na ocasião, Celso de Mello autorizou a Procuradoria-Geral da República (PGR), a Advocacia-Geral da União (AGU) e os advogados do ex-ministro Sergio Moro a terem acesso ao conteúdo da gravação de uma reunião ministerial, considerada peça-chave do processo, para que eles pudessem orientar a formulação de perguntas durante os depoimentos.
Moraes então autorizou o delegado a proceder com as oitivas sem a necessidade desse trâmite, por entender que elas diziam respeito tão somente à inquirição das testemunhas que seriam ouvidas naquele momento da investigação.