A semana promete tempo aberto em praticamente todo o Brasil, com exceção do litoral nordeste e do extremo norte da Região Norte, que devem registrar chuvas esparsas, segundo o alerta agroclimático da Rural Clima. O calor será predominante nas regiões Centro-Oeste, Norte e em grande parte do Sudeste.
O agrometeorologista Marco Antônio dos Santos aponta que, entre domingo, 28, e segunda-feira, 29, uma frente fria deve trazer chuvas ao Rio Grande do Sul, com volumes superiores a 30-40 milímetros, e potencial para afetar também Santa Catarina, Paraná, Paraguai e sul de Mato Grosso do Sul. Em São Paulo e Rio de Janeiro, a faixa leste e o extremo sul de Minas Gerais também podem experimentar precipitações. O volume prolongado de chuvas pode impactar as operações nos portos de Paranaguá e Santos.
Após essas chuvas, uma forte massa de ar polar deverá alcançar o Rio Grande do Sul no dia 31, provocando temperaturas negativas e possíveis geadas no estado e áreas vizinhas. Geadas também não estão descartadas para o Paraguai e sul de Mato Grosso do Sul.
Na primeira semana de agosto, uma nova frente fria pode trazer chuvas mais regulares para o Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. O agrometeorologista alerta que, caso as chuvas se concretizem no Mato Grosso e norte de Mato Grosso do Sul, poderão ocorrer perdas na qualidade do algodão e problemas para a colheita de milho safrinha e feijão. A atividade de colheita do café e da cana-de-açúcar também poderá ser afetada.
Nos Estados Unidos, boas perspectivas de chuvas devem continuar favorecendo as lavouras, embora uma onda de calor prevista para a próxima semana possa gerar volatilidade no mercado de grãos.
No Paraguai, segundo a meteorologista Ludmila Camparotto, o tempo será predominantemente aberto com temperaturas amenas. No entanto, entre os dias 27 e 28, uma frente fria deve provocar chuvas no sul do país e na fronteira com o Paraná e Mato Grosso do Sul. Após essa frente fria, uma massa de ar polar deverá reduzir as temperaturas, com mínimas variando entre zero e dois graus no dia 31, podendo ocasionar geadas.
Ludmila destaca que em agosto, as chuvas devem ser mais frequentes, com risco de frio, e para setembro, há previsão de chuvas mais irregulares, com melhores volumes esperados para outubro e possíveis irregularidades novamente em novembro.