17/07/2024 às 16h26min - Atualizada em 17/07/2024 às 16h50min
Cacau: Agricultura confirma foco de monilíase no Amazonas e adota medidas
POR ESTADÃO CONTEÚDO
ESTADÃO CONTEÚDO
São Paulo, 17/07 - O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou no dia 2 de julho a ocorrência de um novo foco de monilíase do cacaueiro (Moniliophthora roreri) no município de Urucurituba, no Amazonas. Em nota, a pasta disse que a suspeita de ocorrência da praga foi verificada no dia 24 de junho durante ações de vigilância fitossanitária conduzidas pela Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), e confirmada por meio de análise laboratorial realizada pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Goiânia (LFDA/GO). "Medidas emergenciais foram discutidas e implementadas em conjunto com autoridades locais, antes mesmo da confirmação oficial da doença", afirmou em nota.
"Procedemos com a interdição imediata da propriedade afetada para evitar qualquer propagação da praga, implementamos técnicas de erradicação para eliminar a monilíase na propriedade foco e proibimos o trânsito de frutos e amêndoas do município afetado para outras regiões", relata na nota a diretora do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da SDA, Edilene Cambraia.
A monilíase é uma doença que afeta plantas do gênero Theobroma, como o cacau (Theobroma cacao L.) e o cupuaçu (Theobroma grandiflorum), causando perdas na produção e uma elevação nos custos devido à necessidade de medidas adicionais de manejo e aplicação de fungicidas para o controle da praga. O primeiro foco da praga no Brasil foi identificado em julho de 2021 em área residencial urbana no município de Cruzeiro do Sul, interior do Acre. Em novembro de 2022, o segundo foco foi detectado no município de Tabatinga, no estado do Amazonas, dessa vez em comunidades rurais ribeirinhas. "Ambos os Estados se encontram sob ações permanentes de controle, com vistas à sua erradicação", disse a pasta.
Conforme o Ministério da Agricultura, na América do Sul, a praga já se encontra presente no Equador, Colômbia, Venezuela, Bolívia e Peru.
Fonte: ESTADÃO CONTEÚDO