10/07/2024 às 09h35min - Atualizada em 10/07/2024 às 09h35min
Preços do etanol sobem com alta nos custos de produção e demanda aquecida
Aumento de 7% na gasolina impulsionado pela Petrobras reflete na valorização do biocombustível, diz SIAMIG
- Da Redação, com Safras & Mercado
Foto: Reprodução O recente reajuste de mais de 7% no preço da gasolina A, anunciado pela Petrobras na segunda-feira, 8, provoca dúvidas sobre o impacto nos valores do etanol. Em resposta, Mário Campos, presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (SIAMIG Bioenergia), explicou as razões por trás da elevação dos preços do biocombustível, destacando a interdependência entre os mercados de gasolina e etanol.
Segundo Campos, a alta nos preços do etanol está diretamente associada a um cenário inflacionário e ao aumento dos custos de produção. "Estamos enfrentando um processo inflacionário significativo, com elevação dos custos. O nosso setor, que emprega um grande número de pessoas, teve que ajustar os salários conforme o dissídio coletivo. Observamos que o mercado está ajustando os preços para refletir o nível de custo que enfrentamos", detalhou.
Além do aumento nos custos de produção, Campos ressaltou que a demanda por etanol permanece elevada, justificando as correções nos preços em um mercado altamente competitivo. "A demanda por etanol está bastante aquecida, e essas correções de preço ocorrem justamente para alinhar a oferta à alta demanda durante o período de safra. Contudo, percebemos uma defasagem significativa em relação ao nosso produto concorrente", afirmou.
Campos também mencionou que o preço da gasolina, concorrente direto do etanol, estava defasado em relação ao preço internacional do petróleo, influenciando os ajustes no preço do biocombustível. De acordo com a ANP, no final de junho, o preço médio do litro do etanol em Belo Horizonte era de R$ 4,18, enquanto no estado de Minas Gerais, o preço médio era de R$ 3,99. Já o preço médio do litro da gasolina no final de junho era de R$ 5,87.