A Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) e a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) intensificaram suas ações de combate ao greening, uma das maiores ameaças à citricultura mundial. Entre os dias 2 e 4 de julho, engenheiros agrônomos e técnicos agropecuários realizaram operações nos municípios de Herculândia e Tupã, onde retiraram de circulação 25.040 mudas cítricas produzidas e comercializadas irregularmente.
“Nesta ação, fiscalizamos seis locais e conseguimos identificar mudas cítricas armazenadas a céu aberto, onde foram coletadas amostras para diagnósticos em laboratório oficial de Cancro Cítrico e Greening, além de destruídas e apreendidas,” afirmou Valentim Scalon, engenheiro agrônomo e gerente do Programa Estadual de Sanidade na Produção de Materiais de Propagação.
A operação contou com o apoio da Polícia Militar Ambiental e resultou na lavratura de quatro autos de infração com base nas legislações vigentes que visam coibir o comércio irregular de mudas. As ações serão contínuas até a regularização da produção e a erradicação do comércio ilegal.
Como parte dos esforços para conter o avanço da doença, a Defesa Agropecuária lançou um canal de denúncia em outubro para que a população informe sobre pomares de citros abandonados ou mal manejados. A presença desses pomares sem controle adequado do psilídeo (Diaphorina citri), vetor do greening, é um risco significativo para a citricultura.
O greening, causado pela bactéria Candidatus Liberibacter spp., não tem cura e acomete todas as plantas cítricas, atuando como fonte de contaminação para outras plantas. É considerada a doença que mais ameaça a citricultura mundial atualmente.
Além disso, a Defesa Agropecuária solicita que os produtores de citros entreguem até o dia 15 de julho o relatório Cancro/Greening, contendo os resultados das vistorias trimestrais realizadas entre 1º de janeiro e 30 de junho de 2024. O envio do relatório é obrigatório e deve ser feito através do sistema informatizado Gedave.