A mediana das projeções do mercado para o crescimento da economia brasileira em 2021 registrou sua segunda queda consecutiva, agora de 5,28% para 5,27%, no Relatório Focus, do Banco Central (BC), divulgado nesta segunda-feira (23) com estimativas coletadas até o fim da semana passada.
Para 2022, o ponto-médio das expectativas para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) também recuou, pela terceira semana seguida, de 2,04% para 2,00%.
A economia brasileira cresceu 1,2% no primeiro trimestre, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no começo de junho. A alta ficou acima da mediana das estimativas do Valor Data, de 0,7%, com intervalo de projeções indo de estabilidade a uma expansão de 2,4% entre as 55 consultorias e instituições financeiras ouvidas. O PIB do segundo trimestre será conhecido no dia 1º de setembro.
Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a mediana das projeções subiu pela 20ª semana consecutiva, agora de 7,05% para 7,11%. Para 2022, também subiu, de 3,90% para 3,93%, em sua quinta alta seguida.
Para a taxa básica de juros (Selic), o ponto-médio das expectativas manteve-se em 7,50% tanto no fim de 2021 quanto no de 2022. A meta de inflação a ser perseguida pelo BC é de 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022, sempre com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Na reunião do começo de agosto, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic de 4,25% para 5,25% ao ano, em linha com o esperado pelo mercado, indicou que haverá uma alta da mesma magnitude na próxima reunião, em setembro, e avisou que vai levar o juro para patamar acima do neutro, ou seja, para o campo restritivo.
A mediana das estimativas para o dólar no fim deste ano foi mantida em R$ 5,10 pela terceira semana seguida, segundo o Relatório Focus.
Para 2022, o ponto-médio das projeções também ficou parado, em R$ 5,20 pela 10ª semana consecutiva.
A mediana das estimativas para o IPCA neste ano subiu de 7,62% para 7,68% entre os economistas que mais acertam as previsões compiladas pelo BC, os chamados Top 5, de médio prazo. Para 2022, o ponto-médio das expectativas para a inflação oficial brasileira permaneceu inalterado em 4,00% entre eles, de uma semana para outra.
A projeção para a taxa básica de juros (Selic) manteve-se em 7,50% tanto no fim de 2021 quanto no de 2022 nesse seleto grupo. A meta de inflação a ser perseguida pelo BC é de 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022, sempre com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Para o dólar, os campeões de acertos mantiveram as estimativas em R$ 5,00 no fim deste ano e aumentaram de R$ 4,90 para R$ 5,00 no próximo.
Desde a penúltima semana de janeiro, as apostas dos Top 5 passaram a ser divulgadas pelo BC apenas por meio do Sistema de Expectativas de Mercado — cuja atualização acontece às 9h das segundas-feiras, com as estimativas coletadas até o fim da semana anterior — e não mais pelo Relatório Focus, com publicação às 8h25.