Em alguns estados brasileiros o preço da gasolina é comercializado a mais de R$ 7,00 o litro. Pesquisa da Agência Nacional de Petróleo (ANP) mostra que o preço médio do litro praticado em todo o país é de R$ 5,86, crescimento de 0,22% na semana entre 8 e 14 de agosto. A alta acumulada é de 0.60% em agosto.
Os especialistas dizem que os fatores de instabilidades são basicamente a desvalorização do Real frente ao Dólar, a necessidade de paridade de preços praticados no Brasil e mercado internacional e a insegurança política que as eleições de 2022 estão causando.
No final da semana passada, o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, disse ao o Estado de São Paulo, reproduzido pelo site InfoMoney que os derivados de petróleo sobem sempre que o câmbio sofre desvalorização” e o “preço do barril aumenta. Na sexta-feira (20) o dólar fechou a R$ 5,3848, e o petróleo brent negociado em Londres para outubro fechou a US$ 65,18 o barril.
“Estamos vivendo um período eleitoral e há uma confusão muito grande no governo. Acho que vai continuar tendo uma pressão via câmbio”, afirma Adriano.
A Petrobrás continua tendo o maior peso na composição final do preço. Ela é responsável por 32,9% do valor do litro. Um dos problemas é que ela detém 98% do mercado de refino no país. O Conselho de Defesa Econômica (Cade) autorizou que ela venda até metade de suas plantas de refino. Mas apenas uma delas, na Bahia, foi vendida até agora.
Para atrair refinarias internacionais para o país é necessário manter a paridade. Mas existem outros fatores que contribuem para os preços altos. O Brasil ainda importa 7% da gasolina refinada que consome. A informação é da diretora executiva de Downstream do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Valéria Lima.
Ela diz que “não adianta procurar culpar a Petrobras. Certamente o câmbio pressiona bastante, e se estivesse mais baixo, a gasolina também estaria. E isso é resultado da política econômica, afinal, o câmbio reflete nossas condições macroeconômicas”.
Outros fatores que pressionam os preços no varejo são as outras misturas: os biocombustíveis (etanol) aumentaram e as margens de lucro da revenda é de 11,7% (brutos). Nossa gasolina recebe 27% de etanol e ele é responsável por 15,9% do preço final.
Com informações de O Estado de São Paulo, o Infomoney diz:
“Sempre citado pelo presidente Jair Bolsonaro, o ICMS (imposto estadual) também é vilão no preço dos combustíveis e responsável por 27,9% do valor final. Impostos federais – Cide, PIS e Cofins – representam outros 11,6%. Cada Estado tem competência para definir a alíquota. Segundo dados da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis (Fecombustíveis), ela varia entre 25% e 34% na gasolina, dependendo do Estado”.
Da Redação.