As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta sexta-feira (20), mostrando resiliência enquanto os investidores aguardam mais sinais do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) sobre quando e como efetivamente começará a iminente redução do programa de compra de ativos de US$ 120 bilhões mensais. Os índices surpreenderam diante do aumento das preocupações com a disseminação da variante delta da covid-19.
O Dow Jones subiu 0,65%, a 35.120,08 pontos, e o S&P 500 avançou 0,81%, a 4.441,67 pontos. O Nasdaq encerrou com alta de 1,19%, a 14.714,66 pontos.
Ainda que tenham terminado no campo positivo nesta sexta, os índices fecharam a semana com um saldo negativo. O Dow Jones fechou o período com queda acumulada de 1,11%, enquanto o S&P 500 recuou 0,59% e o Nasdaq retraiu 0,73%.
A semana trouxe incertezas quanto às medidas a serem adotadas pelos países para controlar a variante delta do coronavírus, e como isso deverá afetar a retomada da economia global.
Também houve, na semana, uma movimentação relacionada à divulgação da ata da reunião dos membros do Fed, indicando um debate mais forte sobre o início da redução de estímulos até o fim do ano. A atenção, agora, deve ficar mais direcionada para o simpósio de Jackson Hole, a partir da próxima quinta-feira (26). O evento, organizado pelo Fed, reúne os principais líderes de bancos centrais do mundo e costuma antecipar tendências sobre a política monetária num futuro breve. Nesta edição, acredita-se que Jerome Powell, presidente do banco central americano, poderá dar sinais mais claros sobre quando e como começará a redução do programa de compra de ativos.
Entre as ações em movimento nesta sexta, destaque novamente para os papéis de tecnologia. O setor liderou os ganhos entre os índices setoriais dentro do S&P 500, com alta de 1,25%, em meio aos temores de que a variante delta da covid-19 force as pessoas a ficarem mais tempo em casa novamente.
Em destaque ficou a Microsoft, com alta de 2,56%, um dia após anunciar que irá subir os preços do Office e Windows 365.
A multinacional de tecnologia Nvidia também chamou atenção após fechar com avanço de 5,14%, depois de serem divulgadas informações oficiais de que a presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, adquiriu ações da fabricante de chips em julho. O movimento acabou superando o anúncio da Autoridade de Competição e Mercados (CMA, na sigla em inglês) de que a proposta da empresa em adquirir a ARM por US$ 40 bilhões teria efeitos negativos para a concorrência.