20/08/2021 às 18h00min - Atualizada em 20/08/2021 às 18h00min

Biden indica novos embaixadores dos EUA para Japão e China

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta sexta-feira os nomes de seus indicados para as embaixadas no Japão e na China, cargos essenciais na estratégia da Casa Branca para tentar conter a crescente influência de Pequim na Ásia.

Nicholas Burns é o escolhido para liderar a missão diplomática americana em Pequim e Rahm Emanuel foi indicado para assumir o comando da embaixada em Tóquio. Ambos os nomes precisam ser analisados pelo Senado antes de serem confirmados.

Em comunicado, a Casa Branca destaca que Burns, hoje professor de Relações Internacionais na Universidade de Harvard, tem uma longa carreira como funcionário do Departamento de Estado e que trabalhou com o governo da China em diversos assuntos, como o Afeganistão e sanções ao Irã e à Coreia do Norte.

Burns também foi embaixador americano na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

O nome dele é especulado há meses. Em abril, quando os primeiros rumores já circulavam em Washington, Lu Xiang, especialista em assuntos dos EUA na Academia Chinesa de Ciências Sociais, disse ao jornal “The South China Morning Post” que a indicação quebraria uma tendência recente de nomeações de políticos para o posto.

“Parece que o novo governo dos EUA, especialmente o Departamento de Estado de Antony Blinken, está buscando escolher alguém com conhecimento profissional e experiência para que ele possa manter um contato estreito com Washington na execução de sua política para China”, afirmou.

Já Emanuel é um político de longa data do Partido Democrata. Ele foi o primeiro chefe de gabinete do ex-presidente Barack Obama, posto que deixou em 2010 para disputar e vencer as eleições para prefeito de Chicago.

A indicação de Emanuel também era especulada há meses. Em maio, o Nikkei Asia afirmou que o ex-chefe de gabinete conquistou a confiança de Biden por seu desempenho como coordenador político de Obama.

Como o agora indicado não é especialista em Japão, acreditava-se nos bastidores que a escolha se devia às habilidades e conexões políticas de Emanuel.

Na nota divulgada hoje, a Casa Branca também confirmou a indicação de Michael Battle como embaixador dos EUA na Tanzânia.

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