A Wiz Soluções e Corretagem de Seguros informou que o comitê especial instituído pelo conselho de administração da companhia, para apuração das denúncias da operação Canal Seguro, da Polícia Federal, “não encontrou indícios que permitam concluir que a Wiz, a atual administração da companhia ou quaisquer de seus colaboradores tenham participado dos fatos investigados”. De acordo com o fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o comitê, instituído em novembro, concluiu hoje seus trabalhos.
A operação da PF foi deflagrada em novembro do ano passado, para investigar um esquema de fraude na companhia. Segundo a corporação informou à época, entre 2014 e 2016 três dos diretores da companhia teriam praticado atos de gestão fraudulenta e desviado valores que podem chegar a R$ 28,3 milhões, mediante diversas transferências a título de pagamento por prestação de serviços, superfaturados ou que na verdade não foram realizados.
Ainda conforme o comunicado divulgado nesta sexta-feira, a Wiz iniciará um plano de ação para aprimoramento de suas políticas e melhoria nos procedimentos de controle e o monitoramento, em caráter permanente, do andamento das medidas implementadas, “conforme aprovado pelo conselho de administração que, com isso, declarou encerrados os trabalhos do comitê especial”.
“A Wiz reafirma seu compromisso com a ética, a transparência e os elevados padrões de governança corporativa na gestão dos negócios sociais”, afirma a empresa.
“A investigação realizada incluiu o exame de cópias eletrônicas e físicas de documentos e instrumentos contratuais; entrevistas com relevante número de pessoas, dentre atuais e antigos executivos e colaboradores da companhia e revisão das políticas e procedimentos internos ”, acrescenta o fato relevante.
O comitê especial, instituído em novembro, logo após a operação da PF, foi composto por Otávio Yazbek, coordenador e membro independente em relação à companhia; João Pinheiro Nogueira Batista, membro independente do conselho de administração da companhia; e Elício Lima, membro do conselho de administração.
De acordo com a Wiz, o comitê especial dispôs de todos os recursos técnicos, humanos e financeiros necessários aos trabalhos, e contou com o suporte e a assessoria do escritório de advocacia Cescon, Barrieu, Flesch & Barreto Advogados, com equipe especializada em compliance e investigações corporativas, além de uma empresa de auditoria forense.