Menos de 30% dos brasileiros confiam no governo como o grande responsável pela recuperação da economia pós-pandemia nos próximos anos, mostra pesquisa Ipsos, divulgada nesta sexta-feira. A consulta mostra ainda que 76% dos entrevistados acreditam que tardará dois anos ou mais para retomada total da economia no Brasil.
Segundo a pesquisa Global Views On Local Economic Recovery From Covid-19, feita pelo Ipsos para o Fórum Econômico Mundial, 29% confiam que o governo será o grande responsável por essa recuperação, 19% jogam a responsabilidade para si como consumidores, 18% confiam nas grandes empresas, 9%, nos pequenos negócios, e 8%, nas organizações não governamentais.
O cenário do Brasil contrasta com os países que mais depositam confiança no governo como principal ator da recuperação econômica. Na Rússia, esse percentual chega a 75%, na Hungria, a 74%, e na Coreia do Sul, a 67%. Na Colômbia, que aparece em último no ranking, esse percentual é 14%.
No Brasil, 76% acreditam que levará ao menos dois anos para a economia se recuperar completamente, sendo que 37% preveem cerca de dois anos para isso ocorrer, e 39%, mais de três anos. Dos entrevistados, 20% acredita que a recuperação levará mais um ano, e 3% afirmam que a economia brasileira já se recuperou.
Na média global, 7% creem que seus países já se recuperaram economicamente, 19% acham que levará um ano, 35% esperam entre dois e três anos, e 39% falam em três anos ou mais.
No Brasil, os sinais mais citados pelos brasileiros como indicativos de recuperação são: abertura de novos negócios (76%), ter conhecidos arrumando emprego (75%), e a presença de mais turistas ou menos pessoas vivendo em situação de rua (68%).
A pesquisa Ipsos/Fórum Econômico Mundial foi realizada online com 21.503 pessoas de 29 países. Os dados foram colhidos entre 25 de junho e 9 de julho de 2021. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 pontos percentuais.