Após uma semana de estresse intenso nos mercados locais, o pregão desta sexta-feira tem um início mais calmo, mas com os agentes ainda bastante cautelosos com os riscos políticos e fiscais no Brasil. O dólar dá prosseguimento ao movimento de alta contra o real, alinhado, também, a um movimento de valorização global da divisa americana. Já os juros futuros mostram volatilidade neste início de dia e rondam os ajustes, mantendo-se em níveis elevados.
Por volta de 9h50, o dólar subia 0,70%, para R$ 5,4601.
No mercado de juros futuros, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 caía de 6,73% no ajuste anterior para 6,71%; a do DI para janeiro de 2023 recuava de 8,49% para 8,47%; a do contrato para janeiro de 2025 cedia de 9,72% para 9,69%; e a do DI para janeiro de 2027 passava de 10,17% para 10,13%.
Na ausência de indicadores relevantes tanto no Brasil quanto no exterior, os agentes mantêm um tom mais cauteloso no fim de uma semana bastante estressante, onde a abertura da curva de juros repercutiu negativamente em outros mercados. Os níveis das taxas longas, inclusive, permanecem elevados e em dois dígitos: a taxa do DI para janeiro de 2029 passava de 10,47% para 10,43% e o juro do DI para janeiro de 2031 caía de 10,66% para 10,63%.
As incertezas sobre a reforma do Imposto de Renda (IR) e sobre a PEC dos Precatórios e o Bolsa Família ampliado também permanecem no radar dos agentes e, assim, declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, devem concentrar as atenções dos investidores. Guedes deve falar sobre a reforma do IR no Senado nesta sexta-feira. À tarde, o secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, também deve ser observado com atenção ao participar de “live”.
Com o mercado à procura de novidades sobre os assuntos políticos e fiscais, o câmbio se pauta pelo exterior, onde a desaceleração econômica chinesa e a expectativa dos agentes com o simpósio do Federal Reserve (Fed) em Jackson Hole, na semana que vem, guiam os debates.
