O Rio Grande do Sul enfrenta o maior desastre ambiental da história do estado, com enchentes que devastaram diversos municípios. As enchentes causaram danos a pontes e estradas, isolamento de populações, milhares de desabrigados e perda de vidas.
Segundo os últimos dados, o número de mortos em decorrência das enchentes chegou a 151, com outras 104 pessoas desaparecidas e 806 feridas. Mais de 617 mil pessoas estão fora de suas casas, sendo 540,1 mil desalojadas e 77,2 mil abrigadas. A população total afetada pelo evento climático é estimada em 2,2 milhões de gaúchos, com 461 dos 497 municípios do estado registrando transtornos.
Atualmente, o nível do Lago Guaíba está em 4,72 metros no Cais Mauá, segundo medição realizada às 7h15min, e especialistas projetam que o volume ficará acima da cota de inundação até o fim de maio. Já o nível da Lagoa dos Patos subiu 30 centímetros em 48 horas, atingindo 2,75 metros, o que fez com que mais de 2 mil pessoas precisassem sair de suas casas em Pelotas.
Para apoiar as vítimas, o governo federal anunciou o pagamento de R$ 5,1 mil por endereço afetado, e o saque calamidade do FGTS também está liberado para trabalhadores de 59 cidades gaúchas. Além disso, existem plataformas digitais, como o To Salvo e o SOS RS, que listam pessoas resgatadas e indicam necessidades dos abrigos.
Diversas estradas do estado estão com bloqueios totais ou parciais, e o Aeroporto de Porto Alegre deverá permanecer fechado até setembro. As operações da Trensurb também estão suspensas por tempo indeterminado.