Senadores entraram nesta quinta-feira com uma representação contra Lindôra Araújo, subprocuradora-geral da República, no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Ela que questionou a eficácia do uso de máscaras contra a covid-19 em um documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF). A reclamação disciplinar foi encaminha à corregedoria do órgão.
Braço direito de Augusto Aras na Procuradoria-Geral da República (PGR), Lindôra defendeu que o presidente Jair Bolsonaro não cometeu crime por não usar o equipamento de proteção e por gerar aglomerações.
Na peça, os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Humberto Costa (PT-PE) apontaram que, há cerca de um ano, Lindôra havia adotado uma posição diferente e pedido que o desembargador Eduardo Siqueira, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), fosse investigado por não usar máscara em via pública no litoral paulista.
De acordo com os parlamentares, a contradição entre as duas manifestações "parece indicar não uma mudança de compreensão jurídica, mas, sim, uma linha de pessoalidade". Para eles, é preciso apurar esses indícios de comprometimento pessoal da subprocuadora-geral da República para com agentes públicos que lhe incumbe investigar e processar juridicamente".