19/08/2021 às 16h00min - Atualizada em 19/08/2021 às 16h00min

Demanda nacional de resinas termoplásticas sobe 24,8% no 1º semestre

A demanda nacional das principais resinas termoplásticas, exceto PVC, cresceu 24,8% no primeiro semestre, para 3,15 milhões de toneladas, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).

A expansão do consumo aparente nacional alavancou a produção local, que cresceu 6,1% nos primeiros seis meses do ano, assim como as importações, que saltaram 40,8%, a 1,08 milhão de toneladas. Com isso, as resinas importadas representaram 34% do mercado brasileiro, quatro pontos percentuais acima da participação vista um ano antes.

As vendas internas, por sua vez, cresceram 10,9% no primeiro semestre, enquanto as exportações foram reduzidas em 22,8% com o maior direcionamento da produção local para o mercado doméstico.

Diante disso, aponta a Abiquim, a balança comercial registrou um déficit de 530,7 mil toneladas resinas no semestre, quase dez vezes maior do que o registrado no mesmo intervalo de 2020.

Apesar do desempenho positivo, o uso da capacidade instalada nesse segmento da indústria petroquímica ficou em 77% de janeiro a junho, indicando que há espaço para elevar a produção local.

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Em nota, a diretora de economia e estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, diz que “o ideal seria que o segmento estivesse operando entre 85% e 90%”.

“Se as condições de competitividade fossem melhores, em especial no tocante aos preços do gás natural, da energia e dos custos logísticos, em relação aos competidores internacionais, a produção local poderia estar maior, aproveitando a capacidade ociosidade de 23%”, afirmou.

Em 12 meses até junho, a produção de resinas cresceu 7,4%, enquanto as vendas internas subiram 13,5% e a demanda avançou 23,4%. No mesmo período, as importações saltaram 29,1% e as exportações caíram 25,3%.

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Segundo o coordenador da Comissão Setorial de Resinas Termoplásticas (Coplast), Edison Terra, o momento tem sido “muito desafiador” no Brasil e no mercado internacional.

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“As empresas do segmento têm tentado atuar de forma a manter o ritmo de produção, garantindo o atendimento da demanda local que, após alcançar recorde entre agosto e outubro do ano passado, recuou um pouco nos últimos três meses, entre abril e junho, mas ainda se mantém em um patamar elevado”, disse o executivo, na nota.

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