Duas autoridades dos Estados Unidos na Alemanha buscaram atendimento médico após apresentarem sintomas semelhantes aos da misteriosa doença conhecida como “síndrome de Havana”. A informação foi revelada por uma fonte ao jornal “Financial Times”. Na quarta-feira, o “The Wall Street Journal” havia noticiado a existência de casos da síndrome em Berlim.
Os sintomas incluem náuseas, fortes dores de cabeça, dor de ouvido, fadiga, insônia e lentidão. Os casos começaram a surgir nos últimos meses na Alemanha, pouco depois de relatos similares terem ocorrido em Viena.
A doença leva o nome da capital de Cuba porque os primeiros relatos surgiram em Havana entre funcionários do Departamento de Estado dos EUA e da CIA, a agência americana de inteligência.
Duas fontes a par de discussões da inteligência americana disseram ao “FT”, em junho, que a Rússia pode estar usando micro-ondas de rádio para roubar dados de computadores e celulares, o que acabou prejudicando a saúde das pessoas que trabalham nos locais visados. O Kremlin nega.
Publicamente, os EUA não acusam nenhum país de ser responsável pelo incidente. No entanto, nos bastidores, as autoridades americanas suspeitam que a Rússia seja responsável pelos ataques.
O “WSJ” revelou o caso de um paciente que foi recentemente transferido de uma capital europeia para ser tratado no hospital militar Walter Reed, perto de Washington. Uma fonte ouvida pelo jornal americano disse que os médicos em Washington diagnosticaram uma lesão cerebral similar à observada em pessoas expostas a ondas de choque causadas por explosões.
Antes de apresentar os sintomas, o paciente, que estava trabalhado com temas relacionados à Rússia, segundo o “WSJ”, teria sentido uma forte dor e pressão nos ouvidos, além de ter escutado um ruído eletrônico agudo.
