Exportação de carne bovina tem preços em queda, mas volume bate recordes

Setor enfrenta desafio com redução nos preços médios enquanto volume comercializado cresce significativamente

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Os dados compilados pela Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO) referentes ao mês de março de 2024 mostram que os desafios persistem para o setor de exportação de carne bovina brasileira. A tendência de queda nos preços médios, já observada no ano anterior, continua a ser o principal obstáculo enfrentado pelos produtores neste início de 2024.

De acordo com os números fornecidos pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a comparação com o mesmo período de 2023 revela uma redução nos preços médios de US$ 4.356 por tonelada para US$ 4.158 em março deste ano. No acumulado do trimestre, os preços caíram de US$ 4.520 para US$ 4.033 por tonelada.

Apesar dessa queda nos preços, o volume de exportação continua a bater recordes. Em março de 2024, foram comercializadas com o exterior 206.053 toneladas, representando um aumento de 27% em relação ao mesmo período do ano anterior. No trimestre, a movimentação totalizou 672.330 toneladas, um incremento de 35%.

A China permanece como o maior comprador da carne bovina brasileira, embora tenha reduzido ligeiramente sua participação, enquanto os Estados Unidos tiveram uma queda acentuada nos preços médios pagos pela carne brasileira. Além disso, países como os Emirados Árabes e Hong Kong têm ganhado relevância como importadores, contribuindo para o aumento do volume total exportado.