O governo dos Estados Unidos confirmou nesta quarta-feira (18) que pretende começar a oferecer doses de reforço das vacinas contra a covid-19 a partir de 20 de setembro. O anúncio foi feito em meio a um surto de casos da doença causado pela variante delta.
Segundo plano, o reforço será oferecido aos americanos que tomaram a segunda dose das vacinas da Pfizer/BioNTech e da Moderna há pelo menos oito meses, disseram as autoridades americanas em um comunicado.
Serão priorizados profissionais de saúde, pessoas que vivem em asilos e outros idosos que foram imunizados na fase inicial da campanha de vacinação nos EUA, que começou em dezembro do ano passado.
Americanos vacinados com o produto da Johnson & Johnson – o imunizante Janssen – aplicado em dose única, também devem precisar de um reforço. No entanto, as autoridades de saúde ainda estão aguardando mais dados para definir quando essa aplicação deve começar.
No comunicado, as autoridades de saúde disseram que está “muito claro” que a proteção oferecida pelas vacinas diminui com o tempo. Com o avanço da variante delta, os EUA já estão observando evidências de queda da eficácia da prevenção de casos de covid-19.
“A proteção atual contra casos graves, hospitalização e morte pode diminuir nos próximos meses, especialmente entre aqueles que estão em maior risco ou foram vacinados durante as fases anteriores da campanha de vacinação. Por esse motivo, concluímos que uma dose de reforço será necessária para maximizar a proteção induzida pela vacina e prolongar sua durabilidade”, disseram as autoridades de saúde.
O plano revelado hoje ainda será avaliado pela Food and Drug Administration (FDA) – a agência de saúde norte-americana. Na semana passada, a aplicação da terceira dose em pessoas com sistema imunológico comprometido recebeu sinal verde da agência reguladora e do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
O chefe da força-tarefa da Casa Branca contra a covid-19, Jeff Zients, rebateu às críticas feitas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) aos países que estão começando ou planejando a aplicar as doses de reforço. Segundo ele, os EUA aplicaram 50 milhões de doses entre junho e julho, período em que a Casa Branca doou mais de 100 milhões de doses para o exterior.
"Para acabar com esta pandemia, temos que proteger o povo americano e temos que continuar a fazer mais e mais para vacinar o mundo", disse Zients. "Estamos provando que podemos proteger nosso próprio povo enquanto ajudamos os outros."