18/08/2021 às 11h00min - Atualizada em 18/08/2021 às 11h00min

Dólar e juros abrem em leve alta com ruído local e exterior negativo

O dólar e os juros futuros iniciaram os negócios desta quarta-feira com viés de alta, conforme os agentes de mercado avaliavam novos ruídos locais, após mais um adiamento da votação da reforma do Imposto de Renda (IR) na Câmara dos Deputados. Enquanto isso, o cenário externo é negativo aos ativos de risco nesta manhã, à medida que investidores aguardam pela ata da última reunião do Federal Reserve (Fed).

Por volta das 10h, o dólar comercial avançava 0,29%, saindo a R$ 5,2881 no mercado de câmbio à vista. Na máxima intradiária, subiu até R$ 5,2966.

Nos juros, as taxas futuras registram avanços leves logo após a abertura do pregão. O juro do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 subia de 6,66% no ajuste anterior para 6,665%, e o do DI para janeiro de 2023 avançava de 8,36% para 8,41%. Além disso, o do contrato para janeiro de 2025 variava de 9,60% para 9,63% e o do DI para janeiro de 2027 tinha alta de 10,03% para 10,06%.

“Com o novo adiamento da reforma do Imposto de Renda pela Câmara ontem, os investidores têm cada vez mais motivos para adicionar prêmio aos ativos locais”, diz a Commcor, em boletim matinal.

A votação foi adiada pela terceira vez na noite de terça, depois que as negociações conduzidas pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para aprovar o texto falharam. O projeto acabou sendo postergado para semana que vem, por 390 votos a 99, após o governo identificar o risco de ser rejeitada a taxação dos dividendos em 20% ou o projeto sair tão modificado que teria um altíssimo custo fiscal.

Esse ambiente doméstico negativo pode ser reforçado pelo viés cauteloso que se observa no exterior, onde as bolsas se acomodam em menores patamares depois dos recordes recentes, avaliando os riscos que a variante delta impõe à retomada da economia global, enquanto os investidores também aguardam pela ata da última reunião do Fed.

O documento será divulgado às 15h e se refere à reunião do banco central americano realizada em 27 e 28 de julho — antes dos fortes dados do relatório de empregos (payroll) dos Estados Unidos em julho e do índice de preços ao consumidor relativo ao mesmo mês, que veio em linha com as expectativas. Agentes de mercado buscam no documento pistas acerca das discussões sobre o timing do início do processo de redução de estímulos monetários por meio da diminuição da compra de ativos.

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