A correção dos preços do minério de ferro, que chegaram a tocar os níveis mais elevados da história no primeiro semestre, se acelerou nesta quarta-feira (18), diante do aumento dos estoques da commodity nos portos chineses e da piora das expectativas quanto à produção de aço na China. Com a queda de hoje, a principal matéria-prima do aço passou ao terreno negativo no acumulado de 2021, com perda de mais de 4%.
Segundo a publicação especializada Fastmarkets MB, o minério com teor de 62% de ferro recuou 4,6% no porto de Qingdao, para US$ 153,39 por tonelada, a menor cotação desde 3 de fevereiro (US$ 152,65 por tonelada).
Com esse desempenho, a commodity passou a exibir perda de 15,5% em agosto e desvalorização acumulada de 4,4% no ano.
Segundo a consultoria Mysteel, os estoques de minério em 45 portos chineses foi ampliado em 260 mil toneladas na última semana, chegando a 127 milhões de toneladas, refletindo os impactos do maior controle estatal sobre a produção siderúrgica no país asiático.
No início da semana, o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês) mostrou que a China, que é o maior produtor mundial de aço bruto, produziu 86,79 milhões de toneladas, com baixa de 7,6% ante junho e de 8,4% na comparação anual, chegando ao menor nível em 15 meses.