29/02/2024 às 08h52min - Atualizada em 29/02/2024 às 08h52min

​Superávit primário alcança recorde em janeiro impulsionado por arrecadação forte

Governo central registra saldo positivo de R$ 79,337 bilhões no mês, superando expectativas e refletindo aumento nas receitas

- Da Redação, com Agência Brasil
Foto: Reprodução
A forte arrecadação registrada em janeiro levou o superávit primário do Governo Central - que engloba Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central - a atingir um recorde em valores absolutos. No último mês, o resultado ficou positivo em R$ 79,337 bilhões, superando os R$ 78,906 bilhões obtidos em janeiro de 2023. Embora o superávit nominal tenha aumentado 0,5%, houve uma queda de 3,8% em termos reais, quando descontada a inflação.

O superávit primário representa o saldo positivo das contas do governo excluindo os juros da dívida pública. Tradicionalmente, janeiro é um mês marcado pelo registro de superávits, em parte devido ao pagamento trimestral de tributos pelas instituições financeiras.

Em valores nominais, o resultado de janeiro é o melhor desde o início da série histórica em 1997. Já em valores reais, corrigidos pela inflação, é o terceiro maior superávit para o mês, perdendo apenas para janeiro de 2022 e 2023.

O resultado superou as expectativas do mercado, que esperava um superávit de R$ 69,8 bilhões em janeiro, conforme a pesquisa Prisma Fiscal divulgada pelo Ministério da Economia.

O superávit primário representa a diferença entre receitas e gastos do governo, excluindo os juros da dívida pública. Este ano, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e o novo arcabouço fiscal estabelecem uma meta de déficit primário zero para o Governo Central.

As receitas líquidas aumentaram 7,6% em valores nominais em relação a janeiro do ano passado, enquanto as despesas totais cresceram 11,6% no mesmo período. Destaca-se o aumento das receitas administradas, que subiram 6,9% descontada a inflação, devido ao aumento da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e do Imposto de Renda Retido na Fonte.

Por outro lado, os gastos com despesas obrigatórias, como o novo Bolsa Família e a Previdência Social, apresentaram alta, contribuindo para um aumento geral das despesas. No entanto, os gastos com investimentos mostraram alguma estabilidade, com o governo destinando R$ 1,79 bilhão no primeiro mês do ano para obras públicas e compra de equipamentos.

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