Mercado brasileiro de milho apresenta cenário de estabilidade

Ausência de demanda compradora e fraco fluxo de exportação contribuem para acomodação dos preços

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O mercado brasileiro de milho demonstrou sinais de estabilização ao longo da última semana, conforme apontado pela Safras Consultoria. Os produtores mantiveram a estratégia de retenção das ofertas do cereal, buscando elevar os preços, porém, não obtiveram o retorno esperado por parte dos compradores. Diante da ausência de movimentação dos consumidores, os preços perderam força e registraram uma leve queda no país.

De acordo com análises da Safras Consultoria, o fluxo de exportação se mostra fraco neste início de ano comercial. A paridade no porto de Santos, indicada pelas tradings, varia entre R$ 54 a R$ 56 para agosto e setembro. Enquanto isso, na Bolsa de Chicago, os preços continuaram em tendência de queda, acompanhando a desvalorização do dólar frente ao real, cotado entre R$ 4,90 e R$ 5 ao longo da semana.

Preços Internos
No mercado interno, o valor médio da saca de milho foi de R$ 58,99 em 22 de fevereiro, apresentando uma queda de 0,37% em relação à semana anterior. Destaca-se que, em algumas regiões, como Cascavel (PR), houve um aumento de 1,72%, enquanto em outras, como Campinas/CIF, os preços permaneceram estáveis.

Exportações
As exportações de milho do Brasil em fevereiro totalizaram uma receita de US$ 389,153 milhões, com uma média diária de US$ 38,915 milhões. A quantidade exportada alcançou 1,455 milhão de toneladas, com uma média de 145,517 mil toneladas. Comparado a fevereiro de 2023, houve um aumento de 3,3% no valor médio diário da exportação, um aumento de 15,2% na quantidade média diária exportada e uma desvalorização de 10,3% no preço médio.

Esses dados, divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), mostram um cenário de acomodação no mercado de milho brasileiro, com a falta de demanda compradora e o fraco fluxo de exportação.