O Indicador do arroz em casca CEPEA/IRGA-RS, considerando 58% de grãos inteiros com pagamento à vista, está prestes a encerrar janeiro com a terceira maior média da história em termos reais, após um mês marcado por oscilações. Até o dia 29, a média alcançada é de R$ 127,83 a saca, ficando apenas atrás dos registros de setembro e outubro de 2020, que foram de R$ 132,76ª saca e R$ 129,27 a saca, respectivamente, ambos considerando sacos de 50 kg.
Apesar da aparente estabilidade no valor médio, pesquisadores do Cepea apontam para a emergência de uma resistência compradora nas últimas semanas. Essa resistência é atribuída à dificuldade dos agentes do setor arrozeiro em repassar os novos custos para os segmentos atacadista e varejista. Esse fenômeno, segundo especialistas, destaca um cenário desafiador para a cadeia produtiva do arroz, que busca equilibrar a oferta e a demanda em meio a pressões de custos.
Além disso, a escassez de lotes disponíveis no mercado ganhou destaque, com produtores optando por ofertar os poucos estoques remanescentes. Essa movimentação, segundo analistas, visa liquidar os estoques existentes e ajustar os sistemas de armazenagem em preparação para a iminente chegada da nova safra.