24/01/2024 às 09h31min - Atualizada em 24/01/2024 às 09h31min
Com expectativas positivas, confiança de empresários do comércio cresce 0,8% em janeiro
Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) chegou em 109,1 pontos, segundo dados do CNC
- Da Redação, com Agência Brasil
(Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil). O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) apresentou um aumento de 0,8% em janeiro, atingindo a marca de 109,1 pontos, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Essa elevação interrompeu sequência de quatro quedas consecutivas, sugerindo uma virada positiva nas perspectivas do varejo brasileiro.
A CNC destaca que a melhoria na percepção sobre o consumo atual em janeiro contribuiu para o aumento do otimismo, indicando que as condições de mercado estão alinhadas com as expectativas dos comerciantes. José Roberto Tadros, presidente da instituição, observa que essa recuperação como um sinal positivo para o início de 2024, destacando um otimismo moderado com melhorias nas condições atuais do setor.
O crescimento notável de 4,5% na confiança dos empresários para as condições atuais do setor foi o destaque do período, representando a primeira leitura positiva após quatro meses consecutivos. Felipe Tavares, economista-chefe da CNC, aponta que essa taxa indica uma melhora na saúde financeira das empresas do comércio.
As expectativas dos empresários também mostraram um bom desempenho, registrando alta de 0,3%, marcando a saída das taxas anuais negativas. No entanto, as intenções de investimento tiveram um pequeno recuo de 0,1%, refletindo a cautela dos consumidores para os próximos meses diante de um ambiente de incerteza econômica.
O estudo revelou que 37% dos comerciantes planejam reduzir suas contratações, atingindo o maior nível desde junho do ano passado. A inadimplência das empresas atingiu 3,6%, mesmo com taxas de juros mais acessíveis, indicando a dificuldade dos estabelecimentos em manter seus fluxos de capital.
Todos os segmentos do varejo pesquisados mostraram crescimento na confiança do empresário do comércio, com destaque para o comércio de produtos de bens essenciais, que registrou um aumento de 3,8%. Apesar dos desafios enfrentados pelo setor de bens duráveis, os empresários demonstram otimismo moderado, alinhando-se a uma melhora gradual do mercado de crédito.