O Ibovespa (IBOV) enfrenta uma acentuada queda de mais de 3,5% em janeiro, e o principal responsável por esse cenário são os investidores estrangeiros. De acordo com os últimos dados, esse grupo retirou expressivos R$ 1,67 bilhão em 16 de janeiro, seguido por mais R$ 600 milhões no dia 17, acumulando um saldo negativo de R$ 59,3 milhões no mês.
De acordo com Leandro Patrokasm sócio da Quantzed, os investidores começaram a retirar seus recursos do país."Investidores estrangeiros, que haviam aportado significativamente no Brasil em novembro e dezembro de 2023, iniciaram janeiro com uma onda de retirada. Esse movimento reflete uma busca por realização de lucros após a alta observada nos meses anteriores".
Outro fator que contribuiu para a desconfiança no mercado foi o enfraquecimento das esperanças de uma redução nas taxas de juros nos Estados Unidos em março. Os investidores agora estimam apenas cerca de 49% de chance de um corte na taxa básica, abaixo dos 55% anteriores e dos 77% da semana passada. A probabilidade de redução nos custos de empréstimos até maio, com base na precificação de futuros de juros, ficou acima de 80%.
Na próxima semana, o mercado estará atento ao Índice de Despesas de Consumo Pessoal (PCE) nos EUA e ao IPCA-15 no Brasil. Além disso, dados como o Relatório Focus, Monitor do PIB, Reunião do CMN e o IPCA-15 irão moldar o cenário econômico no Brasil.
Internacionalmente, a agenda será marcada por decisões de Taxa de Juros, CPI, Confiança do Consumidor e Balança Comercial na Europa e Ásia, enquanto nos EUA, a atenção se volta para os PMIs Composto, Industrial e de Serviços, Licenças de Construção e Construção de Novas Casas, PCE e Índice de Vendas Pendentes de Moradias. A semana promete movimentações expressivas, com investidores buscando entender e se adaptar ao cenário global.