Os franceses que quiserem frequentar shoppings e lojas de departamento em áreas com altos índices de transmissão da covid-19 terão de apresentar um certificado sanitário que até agora estava sendo cobrado apenas em locais de lazer, como bares, cafés e restaurantes.
A decisão de estender a medida foi tomada por autoridades locais, segundo reportagem publicada pelo jornal britânico “The Guardian”. Paris e algumas das principais regiões do sul da França serão afetadas pela medida.
Os prefeitos estão exigindo a apresentação do certificado em áreas onde a taxa de infecção é superior a 200 casos por 100 mil pessoas. Paris ainda não atingiu esse índice, mas as autoridades estão preocupadas com a propagação da variante delta.
O certificado de saúde foi anunciado pelo presidente da França, Emmanuel Macron, como forma de estimular a vacinação contra a covid-19 no país. O documento mostra se uma pessoa já foi vacinada, se apresentou resultado negativo em um exame recente ou se já se recuperou de uma infecção.
Com a medida, os prefeitos foram autorizados a impor a exigência do certificado em lojas com mais de 20 mil metros quadrados e em shoppings caso houvesse um aumento das infecções.
Nacionalmente, o documento está sendo cobrado para entrar em vários estabelecimentos, como academias, piscinas públicas, teatros, cinemas e museus, mas não no comércio.
A exigência foi considerada legal pelo Conselho Constitucional da França no início do mês, mas opositores dizem que a cobrança do certificado fere as liberdades civis. No sábado, houve protestos contra a medida pelo quinto final de semana consecutivo.