As bolsas asiáticas fecharam com viés negativo, pressionadas por dados fracos de atividade na China, que indicam uma desaceleração mais forte do que a esperada da segunda maior economia global.
O índice Nikkei, referência da bolsa de Tóquio, fechou em queda de 1,62%, a 27.523,19 pontos, pressionado por uma forte valorização do iene frente ao dólar, que prejudica as ações das exportadoras do país, incluindo o setor de eletrônicos. Há pouco, o dólar operava em queda de 0,20% frente à moeda japonesa, cotado a 109,35 ienes.
O Kospi, índice de referência da bolsa de Seul, fechou praticamente estável, a 3.171,29 pontos, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, recuou 0,80%, a 26.181,46 pontos. Na China continental, o Xangai Composto fechou em leve alta de 0,03%, a 3.517,34 pontos, e o Shenzhen Composto caiu 0,71%, a 14.693,74 pontos.
Os dados chineses indicaram uma desaceleração da produção industrial do país a 6,4% em julho, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, de 8,3% de junho e bem abaixo da expectativa dos economistas consultados pelo "The Wall Street Journal", de alta de 7,8%.
Os dados de consumo doméstico foram ainda mais decepcionantes, com o crescimento das vendas no varejo recuando a 8,5% em julho, na comparação anual, de 12,1% do mês anterior, e também ficando bem abaixo da expectativa de consenso, de 11,4%.
"O crescimento em alguns setores de consumo e serviços desacelerou", disse Fu Linghui, porta-voz do instituto de estatísticas do país, alertando também que o crescimento da economia no segundo semestre deve desacelerar em relação aos primeiros seis meses do ano.