13/08/2021 às 23h00min - Atualizada em 13/08/2021 às 23h00min

Bolsas de NY sobem e S&P 500 e Dow Jones batem quarto recorde seguido

As bolsas de Nova York fecharam com altas leves nesta sexta-feira, mas foi o suficiente para o Dow Jones e o S&P 500 renovarem os recordes e fecharem em suas máximas históricas pela quarta sessão consecutiva. De passo em passo, os índices vão estendendo os ganhos enquanto o mercado analisa dados e comentários para definirem suas posições antes de uma esperada redução no programa de ativos do Federal Reserve (Fed).

Depois de oscilarem entre perdas e ganhos, o Dow Jones terminou o dia em alta de 0,04%, a 35.515,38 pontos, e o S&P 500 avançou 0,16%, a 4.468,00 pontos. O Nasdaq também terminou em leve alta de 0,04%, a 14.822,90 pontos.

Na semana, o Dow Jones acumulou ganhos de 0,87%, o S&P 500 subiu 0,71% e o Nasdaq caiu 0,09%

Entre os dados econômicos divulgados hoje, o índice de confiança do consumidor da Univ. de Michigan surpreendeu ao cair para 70,2 pontos em agosto. Economistas consultados pelo “Wall Street Journal” esperavam 81,3 pontos.

"Os consumidores reportaram uma atordoante perda de confiança na primeira metade de agosto. O índice de confiança do consumidor caiu em 13,5 pontos em relação a julho, a um nível que está logo abaixo da mínima de 71,8 pontos de abril de 2020", disse o economista-chefe responsável pelo levantamento, Richard Curtin.

“O [resultado] demonstra certa insegurança com relação aos rumos da economia. Isso ocorre principalmente por conta da preocupação com o risco de inflação crescente nos EUA e pelas incertezas com a variante delta da covid-19 que fez alguns estados retomarem medidas de segurança e uso de máscaras”, observa Lucas Schroeder, diretor de operações da Câmbio Curitiba, em nota.

Além do índice de confiança do consumidor, os dados de preços dos importados de julho ajudam a reforçar o argumento de que a pressão inflacionária que fez os preços dispararem nos últimos meses é transitória, ao indicar uma desaceleração maior do que a esperada.

Os preços dos produtos importados subiram 0,3% em julho, na comparação com o mês anterior, desacelerando bastante depois de alta de 1,1% em junho e 1,3% em maio, de acordo com dados divulgados há pouco pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos. O dado ficou abaixo da expectativa dos economistas consultados por "The Wall Street Journal", de alta de 0,6%.

Na quarta-feira, o núcleo do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) - que retira do cálculo os preços dos elementos mais voláteis de alimentos e energia, e é a medida acompanhada mais de perto pelo Federal Reserve (Fed) - subiu 0,3% em julho ante junho, desacelerando em relação à alta de 0,9% em junho contra maio, e ficando abaixo da expectativa, de 0,4%.

Os dados de inflação abaixo do esperado indicam que os preços realmente podem estar começando a esfriar nos EUA, depois de disparar nos meses anteriores, o que dá algum alívio aos temores de que o Federal Reserve (Fed) se veria obrigado a retirar estímulos monetários bem antes do esperado para evitar um superaquecimento da economia americana.

"Se a nossa expectativa de uma inflação nos EUA recuando rapidamente estiver correta, [a primeira elevação de juros do Fed], atualmente precificada para 2023, no máximo, deve parecer cada vez mais improvável", diz Ulrich Leuchtmann, analista de câmbio do Commerzbank, à "Dow Jones Newswires".

Além dos dados e o debate em cima do Fed, os investidores acompanham os desencontros políticos nos EUA em torno do pacote de infraestrutura, aprovado n o Senado esta semana, mas que ainda precisa passar pela Câmara, onde virou foco de barganha.

Democratas moderados estão pressionando a presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, a colocar em votação o pacote de infraestrutura de US$ 1 trilhão, depois de alguns democratas progressistas terem afirmado que pretendem votar o pacote de infraestrutura apenas depois da aprovação na Câmara da proposta orçamentária de US$ 3,5 trilhão, que inclui grande parte da agenda econômica do presidente Joe Biden e que também passou pelo Senado nos últimos dias.

Em uma carta enviada a Pelosi, nove democratas moderados disseram que podem votar contra a resolução orçamentária de US$ 3,5 trilhão se o pacote de infraestrutura não for aprovado primeiro. Segundo a imprensa americana, a presidente da Câmara, porém, não parece disposta a ceder à pressão dos colegas de partido.

Entre as ações, destaque para a alta de 1% da Disney, depois que um alto executivo da companhia disse acreditar que os parques da empresas estarão com suas equipes inteiras novamente no fim deste ano, acreditando que a variante delta não representará maiores riscos para a atividade.

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