Funcionários da Embaixada dos Estados Unidos no Afeganistão foram instruídos a começar a destruir material sensível, ressaltando que o governo de Joe Biden se prepara para a possibilidade de que a sede da representação americana em Cabul seja invadida pelo grupo radical islâmica Talibã – apesar das garantias públicas de que a instalação segue em operação.
Uma cópia do memorando do governo obtida pela agência Bloomberg recomenda a destruição até mesmo de bandeiras dos EUA, assim como qualquer item que contenha imagens e logotipos que “possam ser usados indevidamente em esforços de propaganda”.
O e-mail detalha as maneiras como os diplomatas podem destruir o material: “Use lixeiras e trituradores de papel, um desintegrador para eletrônicos, incineradores para lixo hospitalar e um compactador que possa esmagar itens grandes demais para o desintegrador”. “Esses métodos de destruição não são apropriados para armas, munições e itens semelhantes”, ressalta o memorando.
Dois funcionários do governo americano que discutiram o documento sob condição de anonimato disseram que o procedimento de destruição é padrão quando um posto avançado dos EUA no exterior está sendo reduzido.
Uma das autoridades disse ainda que a recomendação é consistente com os planos estabelecidos para que a maioria das forças dos EUA no Afeganistão deixem o país partir até o fim do mês, mas reconheceu que o rápido avanço do Talibã apressou as providências.