13/08/2021 às 16h00min - Atualizada em 13/08/2021 às 16h00min

BC diz que mais de 100 instituições entraram na 2ª fase do open banking

O chefe do Departamento Regulação do Sistema Financeiro do Banco Central, João André Calvino Marques Pereira, comentou que, além das 11 instituições obrigadas a participar do processo de implementação do open banking, várias outras optaram por fazer agora de forma voluntária. “Mais de 100 instituições estão nesta segunda fase do open banking”, disse em live realizada pelo BC sobre open banking na manhã desta sexta-feira.

“Estamos criando o maior open banking do mundo, tanto pelo tempo de implementação [em torno de um ano e meio], pela quantidade de chamadas [de APIs, uma espécie de interface tecnológica em que as instituições trocam informações] e pela quantidade de participantes. Já iniciamos com um número de participantes maior do que qualquer outro país [que também implementou o open banking]. Sem falar no escopo que é na verdade um open finance”, disse.

Diferente do open banking Reino Unido, o modelo em que o grupo de trabalho brasileiro se inspirou, aqui, ao final da implementação, os clientes poderão ter novidades em relação a crédito, investimentos e seguros, entre outros produtos e serviços financeiros. A live do BC de hoje procurou esclarecer algumas dúvidas da audiência composta por jornalistas e pelo público em geral. Um do pontos destacados foi de que somente o cliente autoriza o compartilhamento dos seus dados financeiros com instituições com as quais não possui um relacionamento.

Além de destacaram a questão da segurança e como o assunto e a padronização dos APIs foram debatidos nos grupos de trabalho, até de “forma bastante calorosa”, Aristides Andrade Cavalcante Neto, chefe adjunto do Departamento de Tecnologia da Informação do Banco Central, garantiu que as instituições não mandarão spam ou mensagens pedindo acesso aos dados. A iniciativa do consentimento sempre partirá do cliente. Cavalcante foi ainda enfático em dizer que nenhuma instituição poderá cobrar taxas por compartilhamento.

Luana Soratto, que integrou o grupo de trabalho do open banking, sobre a experiência do cliente, também desmitificou uma visão da população de que o open banking é um grande banco de dados. “Não é uma massa de dados. O compartilhamento será feito 'um a um' [um cliente para uma instituição]”, disse.

Soratto disse também que foram feitas orientações para definir como será a jornada dos clientes dentro dos aplicativos para autorizar o consentimento. Segundo ela, esse processo ocorrerá de forma similar entre os participantes, mas a comunicação da instituição com o cliente é opcional, de acordo coma estratégia de cada empresa. O compartilhamento que é padronizado e, assim que consentido, repassado imediatamente. “Mas não poderá haver filtros. Um banco não vai poder decidir para quem vai compartilhar, quem decide é o cliente”, afirmou.

Eles avaliam essa segunda fase será importante para começaram a criar caso de usos. Para o BC, o open banking é como uma construção de uma estrada e que agora mais carros vão começar a circular, sendo que os motoristas são os clientes. Ou seja, é um ecossistema em que produtos e serviços financeiros poderão ser criados a partir do maior acesso aos dados das pessoas inseridas no segmento financeiro.

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