As negociações envolvendo milho no mercado brasileiro seguem lentas, apesar da demanda interna mais aquecida. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) nesta segunda-feira (27), os vendedores estão focados nas atividades de campo, limitando o volume do cereal ofertado no spot. Além disso, entre os produtores ativos, observa-se desacordo com compradores quanto aos preços, o que reforça a baixa liquidez.
De modo geral, as cotações vêm se mantendo firmes, com o Indicador ESALQ/BM&FBovespa, para região de Campinas (SP), acima de R$ 61/saca de 60 kg. No campo, apesar do retorno das chuvas em regiões produtoras do Centro-Oeste, muitos agricultores estão preocupados com o atraso na semeadura da soja, que pode resultar em cultivo do milho fora da janela considerada ideal.
A janela ideal para o plantio do milho safrinha no Centro-Oeste vai até o dia 20 de fevereiro. Após essa data, o risco de geadas aumenta, o que pode prejudicar a produtividade.
O atraso na semeadura da soja pode levar a um atraso no plantio do milho safrinha. Isso, por sua vez, pode reduzir a oferta de milho no segundo semestre de 2023, o que poderia pressionar os preços.
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