16/11/2023 às 08h48min - Atualizada em 16/11/2023 às 08h48min
Previsão climática: Onda de calor afeta 2,7 mil cidades e deve persistir até sexta
Cidades do Sudeste, Centro-Oeste e outros estados enfrentam altas temperaturas; previsão aponta chuvas intensas na próxima semana
- Da Redação, com Agência Brasil
Foto: Freepik A onda de calor persistente, predominante nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, deve se estender até sexta-feira (17), segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), órgão vinculado ao Ministério da Agricultura e Pecuária. Relatos da organização indicam que 2.707 municípios foram afetados, abrangendo todas as cidades dessas regiões, além de localidades nos estados de Rondônia, sul do Piauí, Maranhão, Tocantins, Pará, Amazonas, sudoeste da Bahia e norte do Paraná.
A classificação do Inmet para ondas de calor é atingida quando a temperatura se mantém, por pelo menos cinco dias, 5ºC acima da média esperada para o mês. Cidades como Rio de Janeiro, Cuiabá, Corumbá, Água Clara (MS), São Romão e Coronel Pacheco (MG), Seropédica (RJ), e Ibotirama (BA) registraram marcas superiores a 40ºC nos últimos dias.
Recentemente, o Inmet confirmou diversos recordes de temperatura. Goiânia atingiu 39,2ºC, sendo a tarde mais quente da história em novembro. Em Campos do Jordão (SP), os 31ºC superaram os 30,5ºC de setembro de 1961, considerada a maior temperatura já medida na cidade. No Distrito Federal, o dia mais quente do ano foi de 37,3ºC.
A previsão do Inmet indica que estados afetados pela onda de calor podem esperar chuvas intensas na próxima semana. Na Região Sudeste, a queda de temperatura na sexta-feira (17) será acompanhada por precipitações.
Entre os dias 21 e 29 de novembro, algumas regiões podem receber um grande volume de chuva, podendo ultrapassar 40 milímetros, especialmente em Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Em outras áreas, a previsão não descarta a possibilidade de pancadas de chuva.
A onda de calor está associada ao fenômeno El Niño, conforme apontam pesquisadores. Este fenômeno, caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico, enfraquece os ventos alísios e influencia o clima em diferentes partes do mundo. Previsões indicam que seus efeitos devem se prolongar até abril do próximo ano, contribuindo para um verão mais quente.
Ventos fortes, granizo e chuvas intensas geram alertas para estados do Sul do país
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alertas de tempestade para os estados do Sul do Brasil devido às condições climáticas instáveis e à presença de ar quente e úmido na região. A Defesa Civil do Rio Grande do Sul também emitiu avisos para chuvas, ventos fortes, descargas elétricas e a possibilidade de granizo.
Nesta quarta-feira (15), diferentes cidades do interior gaúcho registraram ocorrências de granizo. O Inmet prevê que, na quinta (16) e sexta-feira (17), a instabilidade persistirá, com ocorrência de novos temporais em áreas dos três estados da região Sul.
Os maiores acumulados de chuva estão previstos entre o norte do Rio Grande do Sul e o sul do Paraná, podendo superar 100 milímetros diários em algumas localidades até amanhã. Até sábado (18), o volume nessas áreas pode ultrapassar 300 milímetros. No sul do Rio Grande do Sul e norte do Paraná, também são esperados volumes consideráveis de chuva, podendo atingir em torno de 50 milímetros, acompanhados de temporais.
A Defesa Civil orienta a população a verificar as condições do telhado de suas casas e árvores no entorno, adotando medidas preventivas para possíveis reparos antes da chegada das chuvas. Durante as tempestades, a recomendação é buscar segurança, desligar aparelhos eletrônicos das tomadas e fechar bem portas e janelas.