A Cogna reportou nesta sexta-feira (13) um prejuízo de R$ 106,6 milhões no segundo trimestre, 76% menor do que um ano antes, no auge da primeira onda da pandemia. Em base ajustada, o prejuízo foi de R$ 20 milhões, 85% menor na comparação anual.
A receita líquida da empresa de educação recuou 6% no segundo trimestre, na comparação anual, para R$ 1,3 bilhão, refletindo as pressões no ensino superior presencial, parcialmente compensado pelo crescimento observado nas receitas de ensino superior EAD e Vasta.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado, no entanto, apresentou uma melhora anual de 173%, para R$ 330 milhões, margem de 25%, uma melhora de 16,5 ponto percentual ante um ano antes. Segundo a empresa, a melhora se deveu em função da performance no recebimento, maior adimplência dos alunos e da redução no custo com docentes.
“Essa melhora refletiu em uma menor provisão para créditos de liquidação duvidosa (PCLD) no ensino superior pagante e nos produtos de parcelamento (PEP/PMT) comparado ao segundo trimestre de 2020”, diz o relatório.
A receita líquida da Kroton diminuiu 10,9% como consequência da redução no número de alunos do ensino presencial, cuja receita líquida reduziu 21,4%, parcialmente compensada pelo aumento de 18% na receita de EAD, obtido com o aumento da base de alunos do ensino digital no período.
Na Kroton a base total de alunos de ensino superior recuou 1,7% no segundo trimestre, sendo que a base de alunos do ensino presencial caiu 28,5%, com redução em alunos pagantes de mensalidade integral (-20%), alunos do Prouni (-22,9%), Fies (-55,2%) e PEP (-48%). No ensino a distância o total de alunos avançou 12,7% no período.
O tíquete médio caiu 7,5% no total, para R$ 472 por mês, ante R$ 511 um ano antes. No ensino presencial, houve um avanço de 11% no tíquede médio, para R$ 1.123 mensais, enquanto no EAD o aumento foi de 2%, para R$ 270.
Ao longo do primeiro semestre, principalmente durante o segundo trimestre, o número de Polos de Educação à Distância cresceu 40%, atingindo 2.168 unidades em junho. Tal crescimento traz perspectivas positivas para as captações de alunos nos próximos ciclos e para a base total de alunos EAD nos próximos anos.
A Platos, focada em pós-graduação digital, viu sua base de alunos aumentar 7% no mesmo período, mesmo com a descontinuidade da modalidade presencial. A receita líquida da unidade subiu 2,5% para R$ 22,7 milhões e o tíquete médio recuou 10%, para R$ 239.
A base de alunos da Saber reduziu 6,3% na comparação anual, principalmente em função das restrições de isolamento social trazidas pela segunda onda durante o período mais intenso de matrículas para o ano escolar. Da mesma forma, o volume de alunos no Red Balloon caiu 6,6%.
A receita líquida da Saber caiu 3,2%, para R$ 156, 15 milhões, e o tíquete médio avançou 4,3%, para R$ 1.673.
Na Vasta, o ciclo comercial começa no quarto trimestre, período no qual são feitas as primeiras entregas de conteúdo aos alunos de escolas parceiras para o ano seguinte, e encerra-se no terceiro trimestre do ano seguinte.
Quando comparado com o ciclo comercial de 2020, o ano de 2021 apresenta crescimento tanto no produto principal, quanto em relação às soluções complementares.
A Vasta adicionou 341 escolas à sua plataforma, o que representa um aumento anual de 8,2% e é resultado dos diferenciais competitivos apresentados ao longo do ano. O número de alunos das escolas parceiras apresentou crescimento de 1,8%, número menor que o observado nas escolas, devido às dificuldades enfrentadas em consequência da pandemia. As soluções complementares apresentaram crescimento tanto no número de escolas parceiras como no número de alunos, com avanços de 75,2% e 44,5%, respectivamente.
A receita líquida da Vasta aumentou 28,1% no segundo trimestre, para R$ 141,14 milhões.