Israel decidiu ampliar a aplicação de doses de reforço das vacinas contra a covid-19 e incluiu nesta sexta-feira (13) pessoas com mais de 50 anos e profissionais de saúde da linha de frente de combate ao vírus na campanha.
Um dos líderes mundiais na vacinação contra a covid-19, Israel começou a aplicar o reforço após um aumento dos casos da doença causado pela variante delta, que estava infectando mesmo indivíduos totalmente vacinados.
Estudos realizados no país também mostraram uma queda na eficácia das vacinas entre as pessoas de 60 anos, que foram imunizadas primeiro, em dezembro do ano passado, quando a campanha começou.
Os idosos foram priorizados na fase inicial da aplicação das doses de reforço, mas agora o programa foi expandido para incluir pessoas com mais de 50 anos e profissionais de saúde da linha de frente.
Outros países também já estão aplicando ou considerando o uso de doses de reforço para proteger suas populações contra as variantes e contra uma eventual queda da eficácia das vacinas com o passar do tempo.
A Food and Drug Administration (FDA), a agência reguladora de medicamentos e alimentos dos Estados Unidos, autorizou na quinta-feira (12) a aplicação da terceira dose em algumas pessoas com o sistema imunológico comprometido. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) se reunirá hoje para avaliar a situação.
O Chile se tornou na última quarta-feira (11) o primeiro país da América do Sul a começar a aplicar a terceira dose em uma parcela de sua população.
Na Europa, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) endossa a avaliação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que ainda não há evidência científica sobre a necessidade da aplicação de doses de reforço.
A OMS pede que os países adiem a aplicação da terceira dose e avalia que é mais importante vacinar pessoas que ainda não estão protegidas contra o vírus em países mais pobres, que ainda lutam para conseguir imunizantes.